NO TEU PODER!! 3º Capitulo;

(pôem a tocar enquanto lês)
...


Alguém apertava a minha mão com muita força, olhei para ela, vendo ainda tudo um pouco escurecido, mas consegui distinguir a pessoa. Era Loran que estava a meu lado, era ele que me apertava a mão com toda a sua força. Olhei melhor para ele e reparei que chorava.
Senti-me aliviada por ter a certeza de que estava viva, e que Loran estava a meu lado. Mexi a minha mão, ainda com algumas dificuldades, e Loran reagiu de imediato.
-Kristin! Kristin!…
- Loran! Loran estas a chorar?! – Disse com a voz rouca. Ele limpou de imediato as lágrimas, sorriu e abraçou-me.
-Oh meu amor, estas bem. Tive tanto medo de te perder… - Beijou-me intensamente e eu adorei que o tivesse feito.
Ele ajudou-me a levantar. Sentia-me atordoada. Quando tempo teria eu estado quase-morta?! Parecia-me que tinha estado dias.
-Kristin Saun. Passas-te muito bem pela tua transformação. Parabéns vampira recém-nascida! – Proferiu Jonhy Marson.
Olhei melhor em meu redor e a meu lado estava Jonhy Marson, Loran, a rapariga estranha, e mais duas mulheres. Mais ao longe ainda se encontravam pela sala todos os outros vampiros.
-Quanto, tempo estive aqui? – Perguntei, ainda um pouco atordoada.
-Cerca de 3 horas e meia. Foi um tempo normal. Como te sentis-te? – Disse Jonhy.
Reflecti um pouco. Tinha a cabeça a andar a mil.
-Foi… muita dor. É simplesmente como se me tivessem matado. – Respondi.
-Hum, muito bem então. E agora como te sentes?
-Um pouco atordoada, e confusa...
Eu sentia uma chama na minha garganta, mas não falei disso a Jonhy. Ainda não me sentia suficientemente forte para falar.
-Toma. Bebe isto. Deves estar a sentir uma sede horrível. – Dito isto, Jonhy passou-me para a mão uma garrafa com…sangue. – Kristin bebe, agora és uma vampira tens de te alimentar de sangue como sabes. Tu vais ver, quando bebes, não queres outra coisa. – Conclui ele vendo-me hesitar.
Abri a garrafa e dei um pequeno golo. Senti-me totalmente bem, por isso bebi a garrafa até ao fim, sem deixar uma gota. A chama que tinha, desaparecerá por completo.
-Delicioso… - Segredei.
Jonhy soltou um riso e Loran olhou-me enojado.
-Não tenho culpa Loran, adorei mesmo. – Dito isto rimo-nos todos.
-Kristin, agora és uma vampira, recém-nascida, por isso terás de frequentar a nossa escola. – Proferiu Jonhy Marson com delicadeza.
-O quê? Tenho de deixar a minha escola?
-Sim, até agora foi sempre assim com todos os vampiros recém-nascidos. Fazemos isto para tua própria segurança. Como sabes alguns humanos têm medo da nossa espécie, e tu agora, é como se nascesses num mundo novo. Para alguns isto é uma coisa normal, conseguem viver como viviam antes. Mas para alguns não é assim tão fácil quanto isso. Tu podes sentir um nível de atracção pelo sangue muito elevado, que te deixe incapaz de vencer o desejo, ou o contrário, tens a atracção pelo sangue mas consegues vence-la. Mas tens de frequentar a nossa escola, e depois de ficares aqui um ano a estudar, continuas se quiseres, ou vais para uma escola com humanos. Mas tens de vir, ou se fores para a tua escola, podes não resistir á tentação do sangue humano, e descontrolares-te.
Isso não seria nada bom. Jonhy tinha razão.
-Acha que pelo menos posso esconder dos meus amigos humanos que sou vampira?
-Se quiseres claro que sim. Olhem são cera de quatro de manhã, vocês os dois devem estar exaustos.
Loran estava cansado, notava-se, mas já eu nem por isso…
-Agora ela é imortal? Não muda nunca mais pois não? – Foi Loran quem fez aquela pergunta.
Olhei para toda a gente presente na sala, e estranhamente todos me pareciam conhecidos. Finalmente Jonhy Marson respondeu á pergunta de Loran depois de uns segundos de pensamento;

-Sim é imortal. Mas pode continuar a crescer porque o limite de aparência dela deve dar para dizer que tens uns 19 anos ou assim… mas na maioria dos vampiros após alguns meses ficam com uma aparência mais velha, pois os vampiros quando são transformados, sofrem alterações físicas, e depois não mudam nunca mais. Eu por exemplo fui transformado á séculos e tinha apenas 23 anos, mas dizem-me que aparento ter 26.
-Ah, esta bem então! – Pronunciou Loran triste. Será que podia-mos namorar para sempre?! Claro que não.
-Kristin… toma isto. – Disse Jonhy Marson e passou-me outra garrafa de litro e meio cheia de sangue.
-É mais sangue, pois a partir de agora tens de o beber para a tua própria sobrevivência. Mas não te habitues a ser eu a dar-to, porque depois quem tem de o arranjar és tu. – E soltou um sorriso para aliviar o clima.
-Obrigada, agora vou para casa. – Tinha de ir, Loran estava a cair de pé.
-‘Ta bem. Só mais uma coisa Kristin, amanha pelas duas da tarde aparece aqui para conheceres a escola. – Assenti e fui-me embora com o meu namorado.
Entramos os dois em casa sorrateiramente, e o meu pai nem deu por nada. Só se ouvia o ressonar dele.
Destranquei a porta do quarto, entramos e voltamos a tranca-la.
-Loran e agora nós? – Perguntei-lhe só de pensar que não poderia ficar com ele eternamente.
-Eu fico contigo ate tu me quereres, podemos estar juntos muito tempo querida.
-Tenho medo de te perder… - Mal acabei de falar as lágrimas caíram-me pela cara abaixo.
-Tu não me vais perder nunca… não vais nunca! És a minha vida Kristin Saun.
As palavras de Loran eram verdadeiras e tinham determinação.
Vesti o pijama e dei uma camisola ao Loran. Deitei-me na cama.
-Posso dormir contigo ou queres que faça uma cama para mim? – Perguntou-me Loran a fazer carinha de bebezinho que precisa de carinho.
-Claro que dormes comigo seu tolo!
Deitamo-nos e Loran murmurou na brincadeira;
-Tas a ver eu velho, com uma gaja boa como tu? Cá’ pinta.
-Não digas asneiras. Boa noite. – Dito isto foi apenas cinco minutos e já estava a dormir que nem um patinho.
Estava a dormir tão bem, até que acordei com o meu pai a bater-me á porta.
-Loran, Loran acorda. – Sussurrei-lhe ao ouvido para o meu pai não ouvir. – Esconde-te debaixo da cama.
Ele escondeu-se e eu abri a porta ao meu pai;
-Que foi? – Resmunguei.
-Nada, só te vinha avisar que já é quase uma da tarde e que tens de ir para a escola filha.
-Oh, obrigada pai! Eu já me despacho.
-Ainda bem, olha eu vou trabalhar querida, Tens pizza na cozinha e comes, Ok? – Deu-me um beijo na bochecha e foi-se embora.
-Hum, … pizza! – Disse Loran rindo-se, quando fechei a porta.
-Bom dia meu amor. Dormiste bem?
-Claro que sim. – Sorriu. O sorriso dele era maravilhoso. Ele todo era maravilhoso.
Demos banho. Vestimo-nos e toma-mos o pequeno-almoço. E eu bebi sangue, que me soube mesmo bem. O sangue fazia-me sentir forte.
- Pronta para a nova escola vampira? – Perguntou-me Loran brincando.
-Acho que sim. – Respondei-lhe com um sorriso rasgado.
Ele levou-me até á minha nova escola.
-Boa sorte querida! – Beijou-me e foi-se embora.
-Ora bem eu sou capaz. – Mentalizei-me.
Ao entrar na escola senti-me em casa. Parecia-me tudo tão familiar…
-Mas que porra?! – Gritei de susto quando de repente apareceu a rapariga que na noite anterior me tinha marcado. Desta vez ela estava diferente. Estava com os olhos normais, clarinhos bonitos. Estava com o seu longo cabelo loiro arranjado e bonito. Estava muito bonita. E já não me assustava olha-la.
-Desculpa não te quis assustar! – Disse-me ao aperceber que me assustou e corou.
-Não faz mal, mas posso saber porque andas sempre atrás de mim?
-Não ando atrás de ti miúda… Só vim ter contigo agora para te ajudar aqui na escola este primeiro dia. Chamo-me Sarah Catlin. Já tenho muita experiencia nesta vida…e já agora obrigada. - E soltou um sorriso meio envergonhado, algo mesmo querido.
-Obrigada porque? – Perguntei-lhe, pois não fazia ideia pelo que ela me dizia obrigada.
-Não deves saber que eu ao chamar-te deveria morrer.
Continuei sem perceber nada, teria ela de morrer porque?
-Explica melhor Sarah…
-É assim eu estava a ficar fraca, por isso o Jonhy Marson já não me queria no seu povo. Os vampiros quando estão fracos assustam os humanos, e ele não quer dar uma ma imagem dos vampiros. Por isso quando ele te transformasse, logo a seguir matava-me, mas tu és diferente. Tens poder Kristin, e deste-me força. Graças a ti ainda estou viva!
O sorriso dela era mesmo simpático, e ela estava muito alegre.
-Então, vamos conhecer a escola? – Perguntei-lhe sem me ocorrer mais nada para dizer.
Ela assentiu.
A escola era gigantesca. Todas as salas tinham enormes janelas com cortinados vermelhos e pretos. Era muito gira e acolhedora.
-Kristin Saun, vamos agora entrar no bar onde estão quase todos os alunos para te conhecerem… mas se calhar eles vão comentar algumas coisas sobre ti.
-Comentar coisas sobre mim?! Por alma de quem?! – Perguntei indignada.
-Calma é que nenhuns dos alunos, ou melhor, quase todos os alunos não tiveram a sorte de serem transformados pelos Jonhy Marson…
-Mas alguém teve alem de mim? – Questionei, super curiosa.
- Sim, uma rapariga que veio para cá á cerca de uns dois anos. Ela sempre foi a mais respeitada por todos por o seu transformador ter disso o mais antigo. Ela é boa rapariga, mas pode não gostar de ti. Porque sempre foi ela o centro das atenções.
Oh não, uma menina mimada para aturar, já tinha problemas que cheguem.
-Pode ser que sejam grandes amigas, nunca se sabe. Ela às vezes é porreira.
A voz dela não soou muito convincente.
-Pois… – Não sabia no que me estava a meter.
Sarah abriu a enorme porta, e lá estavam todos os alunos vampiros. A sala era grande, tal como toda a escola. Tinha mesas redondas, todas elas preenchidas com alunos. Reparei que todos eram jovens, todos eram bonitos, magros e altos. As raparigas tinham todas cabelos longos, os olhos de todos na sala eram claros, que chamavam logo a atenção. Na sala havia também um enorme quadro com o desenho confuso, que me deu a entender que era um Deus… Sarah disse em voz alta, acabando com as minha avaliações mentais;
-Olá a todos! Apresento-vos a nova aluna desta escola. Kristin Saun!
Todos me olharam, e uma rapariga lindíssima levantou-se. Era alta, usava uns calções super curtinhos, (que mais pareciam uns boxers), e um tope sem alças colado ao corpo. Tinha longos cabelos loiros que lhe davam pela cintura, e o que mais chamou a atenção foram os seus olhos lindos, cor do sol, em volta de uma pintura preta. Chegou-se perto de mim, fez uma espécie de vénia e disse com um enorme sorriso;
-Sê bem-vinda irmã!
Correspondi a vénia e o sorriso.
-Sarah Catlin, a Kristin fica aqui com os seus novos amigos. Podes ir embora. – Disse a rapariga.
Sarah olhou para mim e sussurrou-me ao ouvido;
-Tas com sorte. Adeus minha querida! – Desapareceu. E logo a rapariga loira disse-me;
-Ouvi dizer que o teu transformador foi o Jonhy Marson…- Assenti. – Ele também foi o meu.
-Ah! Como te chamas? – Perguntei mudando de assunto.
-Sou a Stela Cosmah, é um nome esquisito… - E sorriu tipo envergonhada.
Parecia uma rapariga bastante simpática.
-E eu como sabes sou a Kristin Saun. – A rapariga sorria bastante para mim, pegou na minha mão e levou-me até a uma mesa vazia.
-Kristin Saun aviso-te já que a Sarah não é de confiança…
Ainda agora acabara de a conhecer e já me estava a dizer coisas sobre as outras pessoas. Mas que coisa.
-Eu sei em quem confiar, obrigada na mesma! – Respondi um pouco rude, mas depois apercebi-me que agi mal e sorri-lhe.
-‘Ta bem. Vais ficar cá a estudar certo?
-Sim vou. – Infelizmente ia.
-Ainda bem que tenho alguém igual a mim nesta escola, porque aqui todos me tratam tipo rainha, eu até gosto, mas às vezes satura um bocado…mas o melhor é os poderes que ganhamos! – Sorriu novamente.
-Poderes que ganhamos? Como assim? – Perguntei-lhe.
-Kristin és uma privilegiada! O vampiro mais antigo é tipo um Deus para nós, e ele tem muito poder, por isso deu-nos poderes invulgares. É por isso que ele só transforma aquelas pessoas que valem a pena. E ele achou que nos valemos.
-Não fazia ideia. – Fiquei parva ao ouvir aquilo, mas também curiosa e perguntei-lhe; - Que poderes te concedeu ele?
-A mim deu-me o poder de controlar e ouvir mentes… é mesmo divertido! - Sorriu, foi um sorrio maroto. – O Jonhy Marson tem vários poderes, e quando nos transforma concebe-nos um deles. – Sorriu novamente.
Ia a falar quando a porta do bar se abriu e Jonhy Marson entrou. Dirigiu-se directamente á mesa onde eu estava com Stela.
-Olá minhas queridas! Kristin Saun, vejo que já conheces a minha outra transformação. – Sorriu e piscou o olho a Stela, o que foi estranho porque me pareceu algo pessoal.
-Sim já conheço a Stela Cosmah.
Jonhy sentou-se á nossa beira.
-Ora bem, estava aqui a dizer á Kristin os poderes que me concebes-te Jonhy…
Ele olhou-me curiosamente;
-Já sabes o teu dom minha querida?
-Não. Acho que não tenho nenhum… - Respondi-lhe.
-Tens pois Kristin Saun és poderosa, eu sinto poder em ti! Tu és especial minha querida, hás-de encontrar o teu dom.
A voz dele soou segura e determinada.
-Eu acredito que encontraras Kristin, não aparece de um dia para o outro… mas aparece! – Assegurou-me Stela Cosmah
-Olhem minhas queridas eu tenho de ir embora, só passei aqui para ver como a Kristin estava. – Beijou-me a mão, e a mesma coisa fez a Stela Cosmah.
Jonhy já tinha ido embora e Stela disse;
-Vamos até ao jardim!
Fomos até ao jardim, e sentamo-nos num banco que lá tinha. Estava silêncio, tinha poucas pessoas lá.
-Então tens que idade? – Perguntei curiosa a Stela.
-Depende… - Riu-se – Fui transformado quando tinha 18 anos, e já passaram 2 anos, Verdadeiramente tenho 20 anos. E tu?
-Tenho 17, faço 18 daqui a duas semanas. – Respondi orgulhosa.
-Ah. Tens carro?
-Não, mas já tirei o código. Tenho uma mota… - E sorri orgulhosa. Além de que não usava a minha mota desde á três meses, pois tivera um acidente.
-Sabes… para se ser vampira atingimos uma velocidade que por vezes é mais rápido do que um carro ou que uma mota.
-A serio? – Não fazia ideia, e surpreendi-me.
-Sim, e eu já atingi o meu máximo, e sou mesmo rápida! - E voltou a sorrir orgulhosa.
-Achas que já tenho velocidade Stela?
-Deves ter… vamos ver? – Perguntou-me ela toda entusiasmada.
-Pode ser, mas como faço? – Tive de perguntar, não sabia mesmo como fazer.
-Só tens de correr Kristin, mas a uma determinada altura parece que uma rajada de vento te empurra, e é ai que já tens de controlar a tua velocidade com a mente, mas claro tens de continuar a correr.
Não parecia difícil.
-Vamos lá! Temos de ir até á floresta porque lá tem espaço suficiente para corrermos depressa. – Disse Stela já a puxar por mim e a dirigir-se á floresta.
Quando lá chegamos ela demonstrou-me como fazer. E meu deus! Ela corria mesmo depressa. Era tipo um relâmpado.
-Agora tenta Kristin! Tu és capaz, vá lá, começa a correr.
Pus-me em posição para começar a correr. Eu nunca gostei muito de correr, pois nunca fui boa, veremos no que vai dar. Comecei a correr e sem dar por isso corria com uma velocidade alucinante. Pareceu que uma rajada de vento me empurrava, tal como Stela dissera. Era uma sensação óptima. O vento batia-me na cara. Sentia-me livre naquele momento.
Subitamente aquele momento agradável, chegara ao fim. Cai no chão, enquanto via uma coisa horrível.
-STELA! – Gritei horrorizada enquanto via alguém tentar matar Loran. – LORAN! NÃO! – Comecei a chorar.
Abracei Stela. Eu estava a ver alguém matar o meu namorado e a dor que sentia era enorme. Não podia permitir que matassem o meu namorado. Nunca!


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OK! Este capitulo é enorme, desculpem! Só dei conta disso quando já tinha postado :x
Apesar disso, espero que gostem deste capitulo. A Kristin já é vampira e está a fazer amigos na nova escola, a descobrir as novas coisas de si mesma... Mas nem tudo vão ser rosas e ela vai notar isso aos poucos e poucos!*
E agora? Será que Loran vai mesmo ser morto ou a kristin não o vai permitir? :p

Comentem sinceramente!* Beijooos (;